Por Daniela Machado
SÃO PAULO, 3 de outubro (Reuters) - Enquanto o dólar se mantém perto dos menores níveis em mais de sete anos frente ao real, os investidores aguardam dados sobre o fluxo cambial no país e pistas sobre a estratégia do Banco Central —ausente do mercado de câmbio desde meados de agosto.
Em setembro, até o dia 19, o fluxo líquido era negativo em 1,044 bilhão de dólares, afetado por uma saída de recursos alocados em aplicações de curto prazo.
Com a recuperação dos mercados financeiros nos últimos dias, a perspectiva de analistas é de que o fluxo também tenha melhorado. Diante disso, a dúvida é se a melhora já seria suficiente para levar o BC a retomar as compras de dólar —ou se a estratégia é priorizar a ajuda do câmbio valorizado para a inflação.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou na manhã desta quarta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de setembro subiu 0,24 por cento, uma aceleração um pouco mais forte do que a estimada por analistas consultados pela Reuters, que esperavam que o índice subisse 0,20 por cento no mês passado. [ID:nN03218660]
Nos Estados Unidos, a agenda do dia resume-se a dados semanais sobre hipotecas e o desempenho do setor de serviços.
Na Ásia, as principais bolsas de valores da região bateram recordes de alta durante a sessão, mas alguns investidores optaram em embolsar lucros no final do pregão. [ID:nN03466550]
Na Europa, as bolsas abriram em queda, mas reverteram o movimento em seguida.
Para ler a agenda do dia, clique [nN03429903]
Veja como encerraram os principais mercados na terça-feira:
CÂMBIO BRBY
O dólar terminou a 1,825 real, em alta de 0,83 por cento. O volume no segmento interbancário foi de 2,384 bilhões de dólares.
O Ibovespa recuou 0,52 por cento, a 62.017 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,5 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS .BR20
O índice de principais ADRs brasileiros fechou em queda de 0,59 por cento, aos 34.594 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
Os contratos de depósito interfinanceiro (DI) encerraram a sessão na Bolsa de Mercadorias & Futuros sem tendência comum. O DI janeiro de 2009 avançou a 11,210 por cento, enquanto o DI janeiro de 2010 subiu para 11,230 por cento.
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, avançou para 134,438 por cento do valor de face no final da tarde, oferecendo rendimento de 5,54 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS 11EMJ
No final da tarde, o risco Brasil recuou 3 pontos, para 170 pontos-básicos. O EMBI+ estava em 201 pontos-básicos.
O índice Dow Jones .DJI caiu 0,29 por cento, para 14.047 pontos. O Nasdaq .IXIC avançou 0,22 por cento, a 2.747 pontos. O índice S&P 500 .SPX fechou praticamente estável, com oscilação negativa de 0,03 por cento, para 1.546 pontos.
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subiu e o rendimento cedeu a 4,53 por cento no final da tarde.
Reportagem adicional de Juliana Siqueira, Angela Bittencourt e Silvio Cascione