Por Yuzo Saeki
TÓQUIO, 26 de setembro (Reuters) - O núcleo do índice de inflação no Japão permaneceu em 2,4 por cento em agosto, e há sinais de que os altos custos de energia e de matérias-primas estão impulsionando outros preços no ritmo mais rápido em uma década.
Ainda assim, muitos economistas acreditam que a inflação deve desacelerar, à medida que os últimos acontecimentos no sistema financeiro Estados Unidos estão ofuscando a perspectiva de crescimento do Japão.
Os dados sobre o comportamento do índice de preços não tiveram peso para mudar a expectativa de que o Banco do Japão deve manter a taxa de juro inalterada por enquanto, à medida que oficiais focam nos riscos de declínio da economia mais do que na inflação.
“Uma desaceleração da alta dos preços dará uma sensação de alívio aos consumidores e às companhias, mas o Banco do Japão não deve aumentar a taxa de juro até o fim do próximo ano, quando a turbulência fincanceira se acalmar e a economia global começar a se recuperar”, disse Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute.
O aumento de 2,4 por cento no núcleo do índice de preço ao consumidor, que exclui frutas frescas, vegetais e frutos do mar, mas inclui derivados de petróleo, ficou em linha com as estimativas do mercado e foi a mesma variação verificada em julho, que foi o maior em uma década.