Por Kenneth Li e Michele Gershberg
NOVA YORK (Reuters) - Um grupo de investidores que está lutando por posições no conselho da New York Times Co. deseja que o grupo adquira empresas de Internet e que, dentro de cinco anos, esteja gerando a maior parte de sua receita com operações digitais, disse uma fonte próxima ao grupo na segunda-feira.
O grupo de investidores formado pelo fundo de investimento Firebrand Partners e pelo fundo de hedge Harbinger Capital Partners revelou na segunda-feira que detinha 4,9 por cento das ações da empresa que publica os jornais New York Times e International Herald Tribune.
Também informou que havia indicado quatro candidatos a postos no conselho, o que prepara o terreno para uma batalha acionária.
Mas ao contrário da tentativa frustrada anterior da Morgan Stanley Management Investment, que tomou por alvo a família controladora da empresa, Ochs-Sulzberger, o Harbinger e o Firebrand não desejam alterações na estrutura acionária de dupla categoria adotada pela empresa, dizem documentos apresentados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
Em vez disso, o desejo é fazer a empresa elevar a proporção de sua receita oriunda das operações digitais de 10 para 25 por cento em dois a três anos, e a uma fatia majoritária dentro de cinco anos, disse uma pessoa próxima ao Firebrand.
Eles querem que a empresa se concentre nos seus negócios principais —o New York Times, o International Herald Tribune, os sites dos jornais e a about.com, segundo a fonte.
Os demais ativos do grupo, como a participação acionária no time de beisebol Boston Red Sox, deveriam ser vendidos.
O foco do grupo de investidores será “coisas que elevem os preços das ações de maneira prática e eficiente”, disse a fonte.