HELSINKI (Reuters) - As vendas de celulares em 2009 devem cair por alguns pontos percentuais ante os números deste ano, devido aos efeitos da desaceleração econômica sobre a demanda mundial, anunciou na segunda-feira o grupo de pesquisa Gartner.
As maiores fabricantes mundiais de celulares, Nokia e Samsung Electronics, também projetaram queda no mercado no ano que vem.
Os fabricantes de celulares se mantiveram relativamente imunes à crise econômica mundial ao longo deste ano, mas alertas sucessivos vindos da Nokia, Qualcomm e Intel sinalizaram uma rápida deterioração na demanda por bens eletrônicos de consumo.
O Gartner informou que as vendas de celulares na maior região, Ásia Pacífico, subiram em 13,8 por cento no terceiro trimestre, mas alertou que o crescimento estancaria no quarto trimestre.
“Antecipamos que o declínio na economia mundial e a queda na renda disponível que ele acarreta deva causar estagnação nas vendas regionais durante o quarto trimestre de 2008”, afirmou o analista Anshul Gupta em comunicado.
As vendas de celulares na Europa Ocidental caíram em oito por cento no terceiro trimestre ante o período em 2007, para 54,3 milhões de aparelhos.
Os fabricantes de celulares venderam 308,5 milhões de celulares no mundo entre julho e setembro, com a demanda dos países emergentes resultando em alta de seis por cento ante o período em 2007, de acordo com o Gartner.
O volume de vendas de celulares nos mercados emergentes ultrapassou o dos países desenvolvidos em 2005.
A participação de mercado da Nokia subiu a 38,2 por cento no trimestre, ante 37,8 por cento no período em 2007, de acordo com o grupo de pesquisa.
A sul-coreana Samsung detinha 17,1 por cento do mercado total no trimestre, enquanto a Sony Ericsson assumia a terceira posição com 8,1 por cento.
A problemática fabricante norte-americana Motorola viu sua participação cair de 13 por cento para oito por cento, enquanto a da LG Electronics subia em 7,8 por cento.
Segundo o Gartner, a Apple chegou posto no mercado, com o sucesso do iPhone 3G, e está bem perto da Research in Motion, fabricante do BlackBerry.
Por Tarmo Virki