TÓQUIO (Reuters) - A Sony informou nesta quinta-feira que congelará salários dos funcionários neste ano, à medida que a companhia tenta se recuperar de prejuízo recorde. Os rivais da companhia podem fazer o mesmo diante da forte queda nas vendas globais.
O desemprego está crescendo no Japão, conforme o declínio das exportações força companhias a reduzirem produção, e o setor de tecnologia é um dos mais prejudicados.
Diferentemente de muitas companhias japonesas, a Sony não eleva automaticamente a cada ano os salários com base no tempo de serviço dos empregados. Em vez disso, os aumentos são programados anualmente para cada trabalhador com base em seu papel e desempenho.
“Desta vez, nós decidimos manter os salários dos trabalhadores inalterados”, afirmou a porta-voz da Sony, Mami Imada, antes da rodada de pagamentos para o ano financeiro que começa no próximo mês.
Outras três empresas de tecnologia japonesas —Toshiba, NEC e Hitachi— disseram na quarta-feira que estavam considerando medidas similares.
A crise financeira global e o iene forte, que atingiu a máxima em 13 anos no mês de janeiro, estão empurrando a Sony para um prejuízo operacional projetado em 2,9 bilhões de dólares no atual ano financeiro, que se encerra em 31 de março.
A companhia afirmou em janeiro que o pagamento para gerentes diminuirá em 10 a 20 por cento por meio de cortes salariais e de reduções de bônus de 35 a 40 por cento.
Imada completou que os bônus dos funcionários da Sony serão cortados para quatro meses de pagamento, contra seis anteriormente.