NOVA YORK (Reuters) - A Motorola acusou seu antigo vice-presidente de finanças, Paul Liska, de destruir evidências necessárias em um caso de má conduta aberto por ele contra a companhia após ter sido demitido.
A Motorola pediu à Corte de Justiça em Illinois que penalize Liska por “espoliação intencional de material de evidência relevante” para o caso em um documento despachado nesta quarta-feira. A Corte deve avaliar a solicitação da Motorola no dia 29 de abril.
O advogado de Liska, da firma de advocacia Sean Crotty of Coleman, não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.
A fabricante de celulares informou que Liska deixou a companhia em 29 de janeiro com seu notebook corporativo e que, ao retornar em 17 de fevereiro, o aparelho estava “virtualmente isento de qualquer dado utilizável relacionado ao caso”.
A Motorola afirmou ainda que especialistas forenses descobriram que um programa de destruição de dados foi executado no computador nos dias 30 de janeiro e 12 de fevereiro, exterminando todas as informações do usuário.
A empresa, que tem enfrentado dificuldades para reativar seus negócios, disse que Liska “destruiu a fonte primária dos dados relacionados às suas atividades” entre o período em que assumiu o cargo em março de 2008 e sua saída no final de janeiro.
Liska declarou em sua denúncia que acredita ter sido demitido por alertar a companhia de que o plano de negócios de 2009 para a unidade de aparelhos móveis estava baseado em “projeções financeiras falsas e enganosas”.
Já a Motorola informou que dispensou o executivo por conta de “sérios problemas de desempenho”.
Reportagem de Sinead Carew