Por Alexandria Sage
Usuário do metrô de Nova York lê artigo digital em um Kindle. A Amazon.com está sendo processada por um usuário de seu leitor de livros digitais Kindle, sob a alegação de que a capa do aparelho, vendida separadamente, pode quebrar a tela e tornar o dispositivo inoperante.
SAN FRANCISCO (Reuters) - A Amazon.com está sendo processada por um usuário de seu leitor de livros digitais Kindle, sob a alegação de que a capa do aparelho, vendida separadamente, pode quebrar a tela e tornar o dispositivo inoperante.
O processo, aberto na terça-feira no tribunal federal norte-americano do distrito oeste de Washington, o Estado em que a Amazon.com está sediada, alega que as capas criadas e vendidas pela empresa para proteger o aparelho muitas vezes terminam causando rachaduras na tela do aparelho devido à pressão da dobradiça.
O processo quer ser qualificado como ação coletiva, uma solicitação que precisa ser aprovada por um juiz.
A Amazon.com não quis comentar o assunto de imediato.
O queixoso, Matthew Geise, morador de Seattle, quer assumir a condição de representante de todos os usuários do Kindle 2 —a segunda versão do Kindle, que foi originalmente lançado em 2007— e do Kindle DX —uma versão maior, projetada para permitir melhor leitura de jornais— que tenham instalado em seus aparelhos uma capa desenvolvida pela Amazon.com.
A queixa cita diversas reclamações de consumidores postadas na Internet, dando conta de que a dobradiça da capa pressiona e danifica a tela do aparelho.
De acordo com a queixa, o Kindle que Geise adquiriu para sua mulher no Dia dos Namorados de 2009 começou a rachar três meses depois da compra.
“Geise entendia que a capa para o Kindle que comprou em companhia do aparelho era compatível com o Kindle e não o danificaria como resultado de uso normal. A Amazon.com jamais revelou ao queixoso que o uso da capa do Kindle poderia resultar em dano no aparelho”, de acordo com a queixa.
O queixoso alega que um representante do serviço de assistência a clientes da Amazon.com reconheceu que rachaduras como essas eram “um problema comum”, mas alegou que não estavam cobertas pela garantia. Geise foi aconselhado a pagar 200 dólares por um novo Kindle, segundo a queixa.
“Devido à dimensão relativamente modesta das perdas típicas e aos recursos modestos da maioria dos consumidores, é improvável que eles possam procurar isoladamente que a Amazon.com os indenize. Uma ação coletiva é, portanto, o único meio viável, racional e econômico para que eles recuperem junto à Amazon.com os prejuízos que ela causou”, conforme a queixa.