SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos contratos de DI fecharam a sessão desta quinta-feira praticamente estáveis, com investidores na expectativa de sinalizações mais concretas sobre a reforma da Previdência, mas também monitorando os mercados globais, particularmente o noticiário relacionado às negociações entre EUA e China.
“O mercado não vai fazer grandes apostas enquanto não for apresentada a reforma da Previdência”, afirmou um operador de um banco nacional à Reuters. “E enquanto isso não for divulgado, questões externas vão acabar tendo um impacto maior”, avaliou.
Na começo da semana, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a proposta de Previdência será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro até domingo, mas que ele deve usar a viagem a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, na próxima semana, para pensar sobre o tema.
No mercado, há a expectativa de que o governo dê sinalizações mais contundentes do governo sobre a reforma depois de que Bolsonaro voltar de Davos, o que está previsto para o final da próxima semana.
Do exterior, trouxe certa apreensão proposta de parlamentares dos EUA para proibir a venda de chips norte-americanos ou outros componentes para a Huawei Technologies ou outras companhias chinesas que violam sanções dos EUA ou regras de controle de exportações.
A curva a termo precificava nesta sessão 92 por cento de chances de manutenção da Selic no primeiro encontro de política monetária do Banco Central deste ano, nos dias 5 e 6 de fevereiro, com o restante esperando elevação de 0,25 ponto percentual.
Veja as taxas dos principais contratos de DIs no fechamento:
mês ticker último fechamento variação
(%) anterior (%) (p.p.)
MAR9 6,415 6,414 0,001
JAN0 6,55 6,595 -0,045
JAN1 7,38 7,43 -0,05
JAN21 8,5 8,51 -0,01
JAN23 9,01 9,01 0
Por Laís Martins