TÚNIS (Reuters) - Forças do leste da Líbia, que varreram o sul e assumiram controle de campos de óleo nas últimas semanas, reforçaram uma base no centro do país e sinalizaram que a capital Trípoli pode ser o próximo alvo.
A Organização das Nações Unidas (ONU), chocada pelo avanço do sul, está lutando para mediar as divergências entre o comandante do leste Khalifa Haftar e o governo internacionalmente reconhecido liderado pelo primeiro-ministro Fayez al-Serraj, disseram diplomatas ocidentais.
Eles temem que pode ser a última tentativa da ONU de unificar as administrações rivais e encerrar com eleições livres o caos que seguiu a deposição de Muammar Gaddafi, em 2011.
Haftar, um ex-general de 75 anos, está cada vez mais tomando o controle da situação com as próprias mãos, apoiado pelos Emirados Árabes e pelo Egito, que o consideram um baluarte contra islamitas e o homem que pode restaurar a ordem.
Ele não disse se pretende marchar contra Trípoli, o que aumentaria dramaticamente as tensões. Mas o seu Exército Nacional Líbio indicou com seriedade que pode fazer isso, se Haftar não for reconhecido como o comandante geral do Exército do país, seu objetivo desde que começou a reunir forças em 2014.